sexta-feira, 24 de maio de 2013

A febre

O terror de muitas mães, a febre chega de mansinho e se instala. Deixa o bebê apático, sem apetite, jururu.
Pois saiba que a febre não é nenhuma vilã e que, em muitos casos, não precisa nem ser medicada.
A febre é uma resposta do organismo a algum agente infeccioso. Em caso de infecções bacterianas é necessária ingestão de medicamentos (indicados por médicos) para que a infecção seja controlada. EM caso de infecções virais, basta esperar alguns dias, que o próprio organismo se encarrega de eliminar a infecção (como acontece com as gripes). O fato é que em bebês menos de dois anos, a febre deve ser monitorada e o pediatra deve ser contactado para se averiguar as causas da febre.
O Dr, Dráusio Varela em seu blog dá algumas dicas de ações em casos de febre em bebês e vou replicá-las aqui:
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A febre pode ser o sinal de alerta de uma doença que precisa ser tratada com rapidez. Por isso, procure assistência médica nos seguintes casos:
* Temperatura acima de 37,5ºC e abaixo de 35,5% em bebês com menos de três meses e superior a 39ºC em bebês com mais de três meses, ou se a febre alta ou baixa vier acompanhada de choro persistente e irritabilidade extrema;
* Febre que dura mais de um dia, acompanhada de dor de cabeça, irritabilidade, sonolência, dificuldade para falar, apatia (sintomas sugestivos de meningite) em crianças de até dois anos;
* Febre em pessoas de qualquer idade acompanhada dos seguintes sintomas; dor de cabeça forte e persistente, sensibilidade excessiva à luz; dor de garganta que impede a deglutição; vermelhidão na pele; nuca endurecida e dolorosa ao curvar a cabeça; confusão mental; vômitos repetitivos; dificuldade para respirar ou dor no peito; irritabilidade ou apatia ou sonolência; dores abdominais; dor ao urinar ou micção frequente em pequena quantidade.


sábado, 18 de maio de 2013

Ai, os dentinhos!

Bebê tranquilo, dormindo bem a noite e de repente...
Dentinhos chegando! Quando eles começam a dar sinais de chegada o bebê fica irritado, chora bastante, fica com o sono perturbado, saliva mais que o normal e leva TUDO à boca para aliviar a coceira.
Essa fase passa (e volta sempre que um novo dentinho aponta!), mas o durante é complicado. Os pais precisam ter muito jogo de cintura para atravessar essa fase, que é complicadinha como a fase das cólicas.
Vou deixar algumas dicas de como aliviar os sintomas da chegada dos dentinhos do bebê e sobreviver a essa fase!

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  1. Um dos sintomas mais marcantes é a coceira na gengiva. Esse incômodo pode ser aliviado oferecendo ao bebê mordedores de silicone geladinhos, coçando a gengiva dele com dedeira de silicone ou, se o bebê já estiver se alimentando, oferecendo tirinhas de cenoura (ou baby roots) geladas. Lembre sempre de oferecer "artefatos" gelados, pois os quentes agravam mais o incômodo.
  2. Os bebês apresentam momentos de dificuldade em dormir, tamanha a irritação que sentem. Um banho morno, uma massagem, um mamazinho e colinho de mãe, muito sling ajudam o bebê a relaxar e prolongar o soninho.
  3. A dor é com certeza o pior dos sintomas. Porque só melhora mesmo depois que o dentinho aponta. Mas, mordedores geladinhos, a cenourinha gelada, massagem com dedeira de silicone e Camomilina C ajudaram muito por aqui. Há quem diga que Nenê Dent também funciona, mas não experimentei.
  4. Outro sintoma complicado é a irritação constante. Não tem o que fazer, apenas ter muita paciência e compreensão com o pequeno, afinal passa! 
  5. Bebês que já são alimentados com sólidos, costumas perder o apetite nessa fase. Nada de pânico! O apetite volta! Mas mastigar é muito dolorido quando os dentinhos estão apontando, por isso, se o bebê mama no seio, ofereça mais vezes, ou se não mama no seio, aposte em alimentos mais pastosos e suquinhos (geladinhos).
  6. Alguns bebês apresentam febre, mas não há necessidade de medicação. Um banho morno pala baixar a febre e relaxar o corpinho do pequeno já ajuda muito!
Depois que o dentinho apontar, tudo isso passa e a tranquilidade volta a reinar! Então é só colocar na rotina do pequeno o momento da higienização (que pode ser feita com gaze molhadinha, dedeira de silicone ou escovinhas emborrachadas) e curtir o sorrisinho mais lindo do mundo!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Amamentar é possível!

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Um dos grandes vilões quando falamos em amamentação, é o descrédito que as pessoas costumam dar às mulheres recém-nascidas. "Eu não tive leite, você também não vai ter!", é uma frase comumente ouvida de mães que tiveram algum problema com a amamentação e (não por maldade) não conseguem visualizar que esse problema poderia ter sido resolvido.
Muitas mulheres acreditam que seu leite não é suficiente para nutrir um bebê. Geralmente, por volta dos vinte dias após o nascimento, os bebês começam a ter crises de choros freqüentes e constantes. Um prato cheio para pediatras amigos das fórmulas artificiais! Mas, vou contar um segredinho que nenhum pediatra amigo das fórmulas conta: todo bebê passa, ao longo do seu desenvolvimento por picos que podem ser de crescimento ou de desenvolvimento, os quais desencadeiam liberação de hormônios capazes de mexer com a estabilidade do corpinho do bebê. Nessa fase é que as mães começam a quaixar-se de bebês que até então dormiam bastante, ou nunca choravam, ou não exigiam tanto colo, ou buscavam tantas mamadas seguidas. É como se o bebê estivesse passando por uma TPM. E tudo o que ele precisa é de colo, carinho e amamentação em livre demanda.
Mas, para quem não conhece os picos de crescimento/desenvolvimento, a impressão é de que ele está faminto e é aí que entra a fórmula artificial, tão desnecessária.
A amamentação é muito importante para a mãe, pois fortalece o vínculo com o bebê, ajuda o útero a retornar ao tamanho natural e reduz o sangramento pós parto. Para o bebê os benefícios são maiores ainda, pois com o leite materno ele recebe anticorpos que fortalecerão sua imunidade, propicia seu saudável crescimento e desenvolvimento, além de fornecer ao bebê o contato físico que ele tanto necessita nesse início de vida extra-uterina.
Para ajudar as mamães recém-nascidas e produzi uma quantidade de leite que supra as necessidades nutricionais do bebê, vamos dar algumas dicas bem simples que podem ser aplicadas sem medo!

  1. Ingerir muita água, no mínimo 4 litros por dia. Isso ajuda por si só a aumentar consideravelmente a produção de leite;
  2. Prefira alimentos frescos e naturais, por serem ricos em vitaminas, principalmente cálcio, ferro e fósforo;
  3. Se você sente algum desconforto durante as mamadas, é porque seu bebê não está pegando corretamente o seio. Busque ajuda especializada para "ensinar" seu bebê como pegar corretamente e assim garantir a correta estimulação das glândulas do seio;
  4. Amamente seu bebê sempre que ele solicitar. Quanto mais seu bebê mamar, maior será a estimulação e consequentemente, maior a produção de leite;
  5. Durma sempre que seu bebê dormir. Durante o sono produzimos muito leite;
  6. E por fim, não se estresse! O stress libera adrenalina, hormônio que inibe a produção da prolactina (responsável pela liberação do leite), o que acaba diminuindo drásticamente a quantidade de leite produzida.
  7. A ingestão de suco de uva concentrado (natural) e do chá da mamãe (Welleda) também ajudam muito a aumentar a quantidade de leite!
Durante o período de amamentação (que deve durar exclusivamente 6 meses e prolongadamente, 2 anos) a mulher precisa de muita ajuda, não com o bebê, mas com os demais afazeres. A família é muito importante nesse momento!

No nosso site, você encontra os protetores de seios Carinho de Pano, que podem ser reutilizados após lavados. Uma forma sustentável de seguir amamentando seu bebê!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Mãe Canguru

Toda mãe espera a chegada do bebê com muita ansiedade. Mas, às vezes, essa chegada é antecipada por diversas razões. E é um susto! A chegada prematura de um bebê provoca uma série de sentimentos controversos, porém, o que sobressai é o medo. Medo de que o pequeno necessite de cuidados intensivos.
Para ajudar os bebezinhos prematuros a ganhar peso para poder ir para casa com seus pais, algumas maternidades implantaram um método, que nós da Carinho de Pano empregamos diariamente com nossos bebês: o método Mãe Canguru. Esse método consiste em deixar que o bebê fique em contato direto, pele a pele, com seus pais (pode ser o pai ou a mãe), afinal, já foi cientificamente comprovado que bebês que mantém esse contato ganham mais peso e ficam em média 40% menos dias na UTINeo Natal.
Permitir que o bebê receba esse cuidado intensivo (muito mais importante, muitas vezes, que os prestados na UTINeo) está sendo discutido para virar um direito do bebê. O que, particularmente, considero uma vitória para as famílias que se vêem afastadas de seus bebês por normas, no mínimo, ditatoriais empregadas nas UTIsNeo.
http://wiltonlira.com.br/principal/?p=102
E aqui, tanto para prematuros, como para bebês a termos, defendemos que tudo o que o bebê precisa é colo! Porque os bebês gostam é de colo!

Listo, abaixo, alguns benefícios de se praticar o método (para recém nascidos e a termo):

- Aumentar o vínculo mãe-filho;
- Menor tempo de separação mãe-filho, evitando longos períodos sem estimulação sensorial;
- Estímulo ao aleitamento materno, favorecendo maior freqüência, precocidade e duração;
- Maior competência e confiança dos pais no manuseio do seu filho de baixo-peso, mesmo após a alta hospitalar;
- Melhor controle térmico;
- Menor número de recém-nascidos em unidades de cuidados intermediários,  devido à maior rotatividade de leitos;
- Melhor relacionamento da família com a equipe de saúde;
- Diminuição de infecção hospitalar;
- Menor permanência hospitalar.

Fonte: Secretaria do Estado de Saúde

Vamos disseminar essa linda iniciativa que algumas UTIsNeo estão aplicando, pelo bem da família, pelo bem dos bebês!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

A Cólica


Cólica é o desconforto intestinal que todo bebê sente, seja pela imaturidade intestinal, seja pela imaturidade do sistema nervoso. Não é raro que mães relatem que seus bebês nunca haviam chorado como no dia em que resolveram passar a tarde na casa de familiares, pulando de colo em colo. Seja a causa que for, a cólica é muito desconfortável e provoca um choro inconsolável no bebê. O fato é que todo bebê pode ter cólica, e cada vez mais estudos apontam que a alimentação materna não tem tanta influência nesse fenômeno quanto se pensava antigamente.
Sou mãe de três meninas. A primeira começou a apresentar as tais cólicas exatamente no dia em que tomou a primeira vacina (dia em que eu chorei desesperadamente e me senti a pior mãe do mundo por ter colaborado com a dor da pequena!). Depois disso, as noites de choro interminável se tornaram frequentes até o terceiro mês da pequena. Minha segunda filha chorava das 18h às 23h sem parar! Ela para quando estava em meu colo ouvindo minha voz, mas se eu pensasse em colocá-la no berço, o chororo recomeçava e lá se iam horas até parar. Minha caçulinha, se teve três episódios das tais cólicas, foi muito. Ou seja, mesma mãe, mesmo mamá e... Tantas diferenças!

O livro (bíblia!) Soluções Para Noites Sem Choro trás algumas dicas de como os pais podem ajudar seus bebês a passar por esses períodos:


  • - Oferecer o peito em livre demanda pode ajudar a acalmá-lo;
  • - Se o bebê mama na mamadeira, experimente trocar a fórmula para ver se o desconforto diminiu;
  • - Experimente mamadeiras e bicos (no caso do bebê não ser amamentado ao seio) que impeçam a ingestão de ar;
  • - Mantenha o bebê em na vertical após as mamadas e, se possível, durante as mamadas (posição sentadinho ajuda muito);
  • - Os momentos das mamadas (ao seio ou na mamadeira) devem ser tranquilos, em locais confortáveis para mãe e bebê;
  • - Caso o bebê faça uso da chupeta, ofereça a ele;
  • - Coloque o bebê para arrotar após cada mamada;
  • - Faça uso frequente do Sling pois além de acalmar o bebê pelo contato direto com a mãe, ajuda a esquentar a barriguinha e liberar os gases;
  • - Banhos de balda para relaxar ajudam a acalmar bebês que têm muita cólica;
  • - Faça uso das almofadinhas de sementes, que ao serem aquecidas no microondas e colocadas no abdomen do bebê, ajudam a aliviar as cólicas;
  • - Faça bicicletinha com as perninhas do bebê, flexionando os joelhos em direção ao abdomen do bebê e esticando as perninhas;
  • - Massageie a barriguinha do bebê com óleo para massagem;
  • - Faça um casulinho com o bebê e passeie com ele pelo quarto. A sensação de aconchego provocada pela redução do espaço físico ao redor dele, aliados ao embalo ajudam a acalmá-lo;
  • - Deite-se de barriga para cima e coloque o bebê deitado sobre o seu abdomen de barriguinha para baixo;
  • - Coloque uma música suave e relaxante.
Mesmo não sabendo as causas das cólicas, é bom manter a calma e lembrar que essa situação é temporária. À medida que o bebê for crescendo esses episódios de desconfortos ficarão cada vez mais raros até que um dia, seu bebê dormirá como um anjinho a noite toda!

Beijos

Texto: Lu Ivanike
Imagem: Arquivo Pessoal